segunda-feira, 28 de abril de 2008

(Texto Programa) A Dama do Mar - Verdade e consequência

A Dama do Mar - Verdade e consequência


Parte 1 – Mar calmo

Ballested quer pintar A morte da Sereia.
Lyngstrand encena-se como imagem de si próprio.
Wangel consome-se em Ellida.
Ellida esconde-se no fundo do mar. Wangel procura-a à superfície.
Hilde parece uma jovem rebelde.
Arnolhm precisa de uma mulher. Bollete precisa de sair dali.
E o Estranho… qual é o seu nome?

Parte 2 – Mar revolto

Lyngstrand extrai dos outros o barro com que vai moldar a sua primeira e derradeira obra.
Wangel liberta Ellida e consuma-se a si próprio.
Ellida quer decidir (-se). Redenção ou sacrifício?
Arnholm compra Bollete quando esta se deixa vender (belo tema para uma peça de teatro!).
Hilde experimenta-se como jovem rebelde.
Ballested nunca chega a pintar A morte da Sereia.
E o Estranho… qual é o seu nome?

O que Ibsen nos mostra são personagens ocupadas em fugir da realidade. Como nos diz, noutra das suas peças, o construtor Solness “É preciso ter cuidado com os nossos desejos, porque eles podem concretizar-se”.
É isto terrível? Terrível é o mar, porque mete medo e atrai.

Apesar de tudo, a história de Ellida pode contar-se nas palavras de uma canção.
Será que as sereias afinal existem?

“Prive o homem comum da sua mentira vital e ter-lhe-á roubado a felicidade.”
Dr. Relling em O Pato Selvagem.

Carlos Pimenta, Maio 2008

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